Risco de pressão alta: o que pode estar elevando a sua pressão sem você saber

Cardiologista verificando o risco de pressão alta de paciente idoso em consultório médico

A pressão alta, também conhecida como hipertensão arterial, é uma das condições de saúde mais prevalentes no Brasil e no mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 30% da população adulta brasileira sofre com essa condição, o que equivale a mais de 36 milhões de pessoas.

Mas o que alarma é que, segundo o Ministério da Saúde, no Brasil cerca de 388 pessoas morrem por dia por causa de hipertensão e doenças cardiovasculares. Isso porque essas são doenças silenciosas que, muitas vezes, não apresentam sintomas visíveis até que estejam em um estágio avançado.

A boa notícia é que, apesar de ser uma condição crônica, a hipertensão pode ser controlada com acompanhamento médico e a adoção de hábitos saudáveis. Vem saber mais!

Afinal, o que é pressão alta?

A pressão alta, ou hipertensão, é quando os níveis de pressão sanguínea nas artérias estão mais elevados do que o considerado normal.

Embora a pressão alta possa acontecer temporariamente, por exemplo, em situações de estresse ou agitação, é a hipertensão crônica que representa um risco grande à saúde.

O que provoca a hipertensão?

Existem várias causas para a hipertensão, mas em até 90% dos casos, a condição é hereditária, ou seja, é transmitida pelos pais, de acordo com o Ministério da Saúde. Além disso, os seguintes fatores podem agravar os níveis de pressão arterial:

  • idade avançada, acima de 60 anos;
  • obesidade e sedentarismo;
  • alimentação inadequada, rica em sal, gordura e alimentos ultraprocessados;
  • estresse constante, que pode aumentar a pressão arterial e contribuir para a hipertensão;
  • hipertensão secundária, que acontece quando a pressão alta é consequência de outras doenças, como diabetes, problemas renais ou hormonais;
  • consumo excessivo de substâncias como álcool, cigarro e medicamentos.

Quais os riscos de pressão alta?

A hipertensão não controlada é uma das principais causas de complicações graves para a saúde. Estudos mostram que, sem o controle adequado, a qualidade de vida do paciente diminui, tornando a hipertensão uma condição de risco para a vida toda. Entre os riscos mais comuns da pressão alta estão:

  • acidente vascular cerebral (AVC): a pressão alta pode danificar os vasos sanguíneos do cérebro, aumentando o risco de derrames;
  • infarto do miocárdio: o coração também sofre com a pressão elevada, o que pode ocasionar infartos e insuficiência cardíaca;
  • problemas renais: a hipertensão pode danificar os rins, levando à insuficiência renal crônica;
  • problemas na visão: a pressão alta pode afetar os vasos sanguíneos nos olhos, resultando em problemas de visão, e até cegueira;
  • aneurisma arterial: a pressão alta pode enfraquecer as artérias, criando risco de rompimento, o que pode ser fatal.

Qual o nível de pressão alta que é perigosa?

A hipertensão só é considerada grave quando a pressão arterial atinge níveis iguais ou superiores a 180/120 mmHg, o que é chamado de crise hipertensiva. Nesse estágio, os riscos de complicações graves, como infarto, aumentam bastante.

Se os valores de pressão arterial atingirem 140/90 mmHg, já é um sinal de alerta. Ao chegar nesse nível, é importante buscar orientação médica para confirmar o diagnóstico.

Quais são os sintomas de hipertensão?

Infelizmente, a hipertensão é conhecida como “doença silenciosa” porque, na maioria dos casos, não apresenta sintomas evidentes.

Muitas pessoas só descobrem que têm pressão alta ao realizar exames de rotina. Quando os sintomas aparecem, a condição pode já estar em um estágio mais grave. No geral, os principais sintomas são:

  • dor de cabeça constante, principalmente na parte posterior da cabeça;
  • tontura e sensação de desmaio;
  • falta de ar ou dificuldade para respirar;
  • palpitações ou dor no peito;
  • sangramentos nasais frequentes;
  • visão embaçada ou turva;
  • sonolência e cansaço sem explicação.

Como diagnosticar a hipertensão?

O diagnóstico de hipertensão é feito por meio da medição da pressão arterial. Para confirmar a hipertensão, é necessário medir a pressão em diferentes momentos, pois a pressão pode variar devido a fatores como estresse, esforço físico ou consumo de alimentos e bebidas.

Em geral, a pressão arterial pode ser medida no consultório médico, onde também é possível realizar exames complementares para descartar doenças relacionadas.

Quero prevenir o risco de pressão alta: como começar?

A prevenção do risco de pressão alta começa com a adoção de hábitos saudáveis no seu estilo de vida. Veja algumas dicas para manter sua pressão arterial sob controle!

  • Alimente-se de forma saudável: inclua mais frutas, verduras e legumes na sua dieta. Reduza o consumo de sal, gorduras saturadas e alimentos processados.
  • Tenha uma rotina de exercícios físicos: caminhadas diárias, natação, andar de bicicleta ou atividades que aumentem a sua frequência cardíaca ajudam a manter a pressão arterial estável.
  • Controle o estresse: a prática de meditação, yoga ou técnicas de relaxamento pode ser muito eficaz para reduzir os efeitos do estresse no corpo.
  • Evite o consumo de álcool e fumo: ambos são fatores de risco para o aumento da pressão arterial.
  • Tenha um acompanhamento médico e faça exames regulares: é importante medir sua pressão arterial com frequência para detectar qualquer alteração o mais rápido possível.

Agora que você já entende os riscos da pressão alta, se você tem algum dos sintomas ou precisa de um acompanhamento médico, conte com um cardiologista que você pode confiar.

O Dr. Juliano Matos, cardiologista do Hospital Sírio-Libanês, é especialista em diagnóstico e prevenção de doenças cardiovasculares, incluindo hipertensão arterial.

Ele atende em Bela Vista e trabalha com exames cardiológicos em São Paulo para o diagnóstico de problemas cardíacos, além de oferecer acompanhamento personalizado para pacientes com risco de pressão alta.

Agendar uma consulta hoje pode ser o primeiro passo para um tratamento eficaz e cuidado com a sua saúde cardíaca!

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